Dicionário de cibersegurança e LGPD (Parte 2): mais termos técnicos explicados para quem não é técnico

Porque entender o básico não é frescura — é proteção jurídica e reputacional

Na primeira parte do nosso dicionário, explicamos o que é phishing, BYOD, ransomware e outros termos que assustam (ou confundem) quem não vive no mundo da TI. Agora, seguimos com uma nova leva de expressões que começam a aparecer com mais frequência em discussões sobre segurança da informação, compliance e LGPD — e que você, como gestor, advogado ou líder, precisa conhecer para tomar decisões mais seguras.

Vamos de novo, no mesmo estilo claro, direto e sem jargão.


🕵️‍♂️ Spoofing

É quando alguém falsifica uma identidade digital para parecer confiável. Pode ser um e-mail que parece vir do seu chefe, uma ligação com número de banco ou até uma página da web idêntica à original.

Spoofing é a arte de se passar por alguém confiável — mas com más intenções.


🔐 Zero Trust

Um modelo de segurança onde ninguém é confiável por padrão, nem mesmo quem já está dentro da rede da empresa. Cada acesso é verificado em tempo real, com múltiplos controles.

Pense assim: mesmo estando dentro da casa, você ainda precisa mostrar a chave do quarto. Sempre.


🎟️ Tokenização

Técnica que substitui dados reais (como CPF, cartão de crédito, etc.) por códigos irreconhecíveis chamados tokens. Se alguém rouba esses tokens, eles não têm utilidade.

É como guardar o diamante no cofre e deixar só uma cópia de plástico à mostra.


🤖 Botnet

Rede de dispositivos infectados (como computadores, roteadores, impressoras e até câmeras de segurança) que são controlados remotamente para executar ataques.

Seu computador pode estar sendo usado por criminosos sem você saber — só por estar desatualizado.


🔥 Firewall

É como um porteiro virtual que decide quem pode entrar e sair da rede da sua empresa. Bloqueia conexões suspeitas e permite acessos autorizados.

Sem firewall, sua rede é como um prédio sem portaria — qualquer um entra e sai.


🦠 Malware

É o termo guarda-chuva para qualquer software malicioso. Inclui vírus, ransomwares, trojans, spywares, entre outros.

Nem todo malware trava seu computador. Alguns apenas observam — e silenciosamente roubam dados.


👤 Insider Threat

É a ameaça que vem de dentro da organização. Pode ser um funcionário desatento, alguém mal-intencionado ou um ex-colaborador com acesso não revogado.

Às vezes, o problema não está “lá fora” — está com quem tem crachá.


🛡️ VPN (Virtual Private Network)

Cria um túnel seguro para acessar dados e sistemas da empresa à distância, criptografando o tráfego e protegendo o acesso.

É como viajar por um túnel secreto em vez de andar por ruas movimentadas com sua maleta de dados.


2FA / MFA (Autenticação em Dois Fatores ou Múltipla)

Uma camada extra de segurança além da senha. Pode ser um código no celular, biometria, cartão físico ou app autenticador.

Mesmo que saibam sua senha, não entram sem a segunda chave.


📊 SIEM (Security Information and Event Management)

Ferramenta usada por empresas para monitorar e cruzar eventos de segurança em tempo real. Ajuda a detectar ataques, acessos suspeitos ou falhas nos sistemas.

Pense em uma central de vigilância digital que vê tudo ao mesmo tempo e levanta alertas inteligentes.


Conclusão: falar TI não é ser técnico — é ser estratégico

Você não precisa programar, configurar servidores ou ser hacker ético para liderar com responsabilidade. Mas precisa entender o mínimo para agir com base jurídica, avaliar riscos e proteger o que sua empresa tem de mais valioso: seus dados e sua reputação.

Na Sobral e Sá Advogados, traduzimos esse universo técnico para o jurídico — com foco em prevenção de incidentes, conformidade com a LGPD, estruturação de políticas internas e apoio em momentos críticos.

Fale com nossa equipe e veja como tornar sua empresa mais segura — sem precisar aprender a falar binário.

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